MAGIA ONÍRICA
Na minha vida "encantada"
Assim a sentia, um dulçor
Uma vida, não faltava nada
Inclusive, o mais raro, o amor
Mas todavia contudo
Com a velocidade de um cometa
Magia onírica,
Brisa, suave matinal,
O amor acontece
Regendo o concerto do sentimento
e o faz incerto
Desfazendo o cenário fenomenal
Nucleando esse afeto juvenil
Emoção perene, envolvente
Surge você..."a mil"
Você surge e me faz gente
Não sei...foi um susto medonho
Só eu ouço os "sininhos"
Ninguém ouve nada, estranho
Fico até sem sono, conto "carneirinhos"
Tonto, sem pé e cabeça
Tudo ficou muito confuso
Pré-imagem distorcida à beça
Outra realidade difusa
Tudo se transformou
Desfigurou-se tudo
Ou melhor, quase tudo
Apenas você não se transformava
Você não se desfigurava
Não era você confusa
Ao contrário, perfeita, musa
Amar não amei
Não amei, amar, só hei...
Renasci, vivo e viverei
Sabendo o desafio que enfrentarei
MERGULHO/você
Ansioso para melhor te conhecer
Com medo do tempo faltar
Mergulho no teu imenso ser
Na sedução de te revelar
Pelo escafandro de ôsculo
Começo e esperado reconhecido
Mergulho sem equipamento
Num tempo, no crepúsculo
Da boca até o cérebro incontrolável
Pelo molhado impulso do afeto
Senti o grande espaço, sem teto
Amplo, sem fronteiras, interminável
Ver-te despedida só por dentro
é a mais fantástica aventura
Descrever-te, ousadia que não intento
Resumindo...só vejo ternura
Resumindo...só vejo doçura
Tão grande e tão sensível
Tão presente e tão visível
Teu coração vive a palpitar
Não sei porque temendo me amar
Descendo íngreme ladeira
Cheguei muito perto "delazinha"
Que energia, que caldeira
Óh! Indomável assanhadinha
Aos teus pés cheguei trêmulo e ofegante
Nesta parcial e interna maratona
Reação bloquímica gigante
Humilde me dobro madona
Retornando de onde vim
Passando pelas alterosas
Me perco só dizendo sim
Nada fazendo, deixando-te furiosa
SONETO - Doce ilusão
(1)
Acordo, mais uma vez, penso em você
Rumo à praia, na ilusão, de encontrá-la
Em lá chegando, não estava (você)
Mais um dia que passo sem beijá-la
(2)
Durante todo o tempo que lá estive
Mesmo só e com a sua ausência, senti
No vasio, do meu coração, de como vive
Som nostálgico, que o mar cantou, eu ouvi
(3)
Por um momento esqueci a ausência sua
De repente a música mudou
Milagre que no coração atua
(4)
Entre a sâ verdade e a ilusão doce
Há uma fronteira imaginária
Prefiro a ilusão, porque tenho você
(mesmo na minha solidão)
DOR DE COTOVELO
Na paisagem alegre do meu viver
Como uma nuvem negra passageira
A tristeza se instalou no meu ser
Motivando aquela bebedeira
Meu sonho transformou em pesadelo
Você fugiu sempre que me aproximei
Cheguei a desistir, muito chorei
Senti profunda dor de cotovelo
Convencido: você não mais me queria
Meu amor p'ra você nada significava
No anonimato pretérita alegria
Assim, sua lembrança se emocionava
Tudo fiz para dissipar sua lembrança
Incluindo o silêncio como razão
Súbito você surge se faz criança
Não retirei você de meu coração
Como sempre, afável reaparece
Tão brilhante a mose virando
Tudo...vira nada, desaparece...
Que imperta, se a estou amando?
CUMPLEANOS
Há trinta e nove primaveras
Sob o sígno da balança e amor
Nascia dia dois uma pantera
Alegre, duas vozes, tricolor
Neste mês dez, terça-feira
Segundo dia do ano par
O seu lado bom o Deus queira
Primaveras vai completar
Na primaveril emoção
Recolho o amor-perfeito
O nosso seguado verão
Que importa ser bem feito
Fevereiro surgiu "o passatempo"
Vinte e um meses não são igos
Não esquecidos, mas vividos
Com amor a todo e somente
O seu coração é sua direção
A música sua emoção
Tem cabeça e vida
Parabéns para você querida
Nenhum comentário:
Postar um comentário