A Igreja antiga,1944 A Igreja atual,2010
Projeto de Revestimento
Dr. Aristarco Alcioli de Oliveira
Dr. Aristarco Alcioli de Oliveira
Lidia Peychaw (autora do Vitreau)
11/10/1988
11/10/1988
Memória Descrita
Projeto de Vitreau
Parte integrante do projeto de construção da catedral da Igreja Católica Brasileira.
Materiais a Serem Utilizados
Madeira, vidro e metal na parte estrutural como suporte dos panos em vidro.
Ocupará o vão completo da nave principal.
A luz e a cor invadirão a nave central, como consequência do efeito translucido dos vidros coloridos utilizados na composição plástica do mesmo.
A madeira só será utilizada como base das cruzes que pela oposição do material com o vidro criará um jogo interessante de contraste dando um toque suficiente para quebrar a monotonia da imensidão cristalina, e centralizará como consequência a visão do observador num ponto importante não só pelo seu valor plástico, senão pelo seu aspecto simbólico.
Símbolos Representativos
1 | Cruz (ces) | 3 | Copo | 5 | Frigais/Terra | 7 | Sal-Moinho (cata-ventos) |
2 | Vida (uvas) | 4 | Rede (peixe)/Pombo | 6 | Mundo humanidade |
1) Cruz – Representa a redenção da humanidade por Cristo através do calvário, morte da humanidade para a salvação eterna.
2) Vida ( uvas e copo) – sentido da presença do sangue de Cristo, crucificado na cruz, e a sublime dádiva “ tomam e bebam, este é o meu sangue”.
3) Trigais – presença de Cristo, no pão “ tomam e comem, este é o meu corpo”.
4) Peixe e rede – Elemento de subsistência natural e ao mesmo tempo de muita referência bíblica, “não te darei peixes, te ensinarei a pescar”. (É de observar que estes elementos além da conotação histórica, têm uma existência independente e permanente).
5) Pombo – Conceito popularizado de símbolo da paz.
Embaixo uma faixa de terra como suas cidades representando o mundo humanidade, de tons vermelhos, fogos, sangues, paixões, guerras,.....
È de observar que o tamanho das cidades e da terra são pequenos em relação ao espaço que ocupam as cruzes, os peixes, o céu, enfim significa “esperança”...Reflexão
6) Sal – força de vida, luta, força natural, vital.
Junto dela o moinho, o cata-vento, assim como junto dos peixes está a rede, se sal e moinho têm uma leitura universal, por ser esta cidade (local da obra) “Salineira”, diria que além do significado acima, existe uma outra questão. No futuro é pela tendência as salinas desaparecerem, os cata-ventos igualmente sacrificados na cruz do abandono, do frio, progresso tecnológico, demográfico, urbanístico, assim como o homem abandonou seu espírito, a natureza atrás do progresso na consequência da era industrial, Cabo Frio de cimento, abaixo um mar constante presente e passado com seus elementos vivos, sem esquecer os alimentos que a terra gera e gerará, e os cata-ventos, e suas pirâmides de sal? Serão fantasmas do passado? E os peixes existirão, e a terra ficará preservada o suficiente para gerar, pão e vinho? Questões para pensar; não há aspectos ideológicos ou oportunismo político nesta reflexão, a arte entra aqui como testemunha da natureza de um tempo que existe convencionalmente e que não existe, dentro do espaço, entendido como este, profundidade continua e infinita.
Lidia Peychaw, 11/10/1988
Cabo Frio (Rio de Janeiro)
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