segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sob o limite da Ilusão


De ilusão também se vive, todavia, com mais desilusão vivem muitos. Aliás, a ILUSÃO tem sido a base “concreta” em que se apoia muita gente preparada e despreparada, nesta maratona política, particularmente em Cabo Frio.
Enquanto não se desiludem, fazem da ILUSÃO uma cartola de mágico donde tiram teorias das mais convincentes, inéditas e impossíveis. Podemos dizer, inclusive, que fazem da ILUSÃO de CONDIMENTOS para temperarem as suas “mensagens ideológicas” para não dizermos mensagens interesseiras.
Depois que a desilusão chega para a maioria, como é tradicional, como “um carro de lixo” recolhendo os inimigos, os ofendidos, os feridos, as discórdias e sobretudo os arrepios, as teorias, até então eficazes, retornam aos velhos provérbios populares que dizem: “na política tudo pode acontecer” e “a política não tem mesmo lógica”.
Espetacular, entretanto, inclusive digna de observação e deleite, é a INOBSERVÂNCIA do limite entre a ilusão e a desilusão!
Evidentemente, que estamos registrando uma IMAGEM do comportamento politico da maioria dos candidatos dos dois partidos que na verdade são seis “sublegendas partidárias” distintas, por mais paradoxal que seja, salve-se quem puder.
Vendo e ouvindo a todos eles, sentimo-nos arrebatados ao passado “pousando numa feira livre de BAGDÁ”, onde cada um “vende” caro as ideias dignas de paródias dos filmes de “Mil e uma noites”.
“Burgueses” protestando contra o custo de vida contrastando com os assalariados que “justificam” o complexo comportamento da economia mundial. Aqui contraste significa absurdo.
Antigamente, esses contrastes eram camuflados pela linguagem polida e bem cuidada, embora existissem, hoje, esses contrastes despidos das boas maneiras e de linguagem cuidada, são virulentos e provocam vários males sociais e sobretudo aceleram a chegada da desilusão.
Como eleitor, vendo essa coreografia caleidoscópica e confusa, onde o comportamento dos políticos dementem, instantaneamente, as suas mensagens, SENTIMOS que a maioria, e sempre perdedora, está sob o limite entre a ILUSÃO e a DESILUSÃO.

Fonte : Jornal Completo

Bispo Dom Alvaro – Igreja Brasileira  

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