quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Poesias de Dom Alvaro


Pôlas em Festival

Chove! Chove muito!
Sinto frio e perplexidade.
Chove! Chove muito!

Subitamente o prazer chega,
Com a chuva forte que cai.
É linda e solene!
Chove! Chove muito!

As Goteiras dão os acordes,
Do hino inaugural.
As pôlas se preparam,
Para o festival,
E num palco vertical bailam.

Uma goteira sobre a luz,
A coreografia empolada,
Na parede branca reluz.

Chove! Chove muito!
Meus pés então gelados,
Chove! Chove muito!

Indiferentes ao meu drama,
Elas comunicam arte,
Tossindo molhado na cama.
Tinham expressão desta arte.
A chuva parou de repente.
Sinto frio e fico triste.

Como em todo o festival,
Só restam ruínas mudas
Que falam neste poemeto
Delas, eu e você,
De forma muito banal.

À natureza – 02/03/70 – Cabo Frio


Amo Cabo Frio

Não sou poeta,
Nem pateta
Sou atleta
Amo Cabo Frio...
Como o índio
Tamoio...
Seu defensor,
O espanhol,
Conquistador,
O lusitano,
Descobridor,

Não sou poeta,
Nem pateta,
Sou atleta.
Amo Cabo Frio...

Como o sal...
Ó, excelsa
Natureza
Como és rica
Uma beleza!

Não sou poeta,
Nem pateta,
Sou atleta.
Amo Cabo Frio...

Como os Ventos
...nordeste...
E sudoeste...
Na vigília
Mantendo-lhe
Suave aragem.

Não sou poeta,
Nem pateta,
Sou atleta.
Amo Cabo Frio...

Como povo,
Altaneiro,
Sua... gente
Salineira,
O marulho
Fofoqueiro
E o luar
Seresteiro
Por isto
Fiquei mais poeta.
Fiquei bem pateta
Não sou mais atleta.

30/01/70 – Niterói – praia de Icaraí


Anfiteatro de Bonecos

A Boneca que a todos seduz,
Ontem,  Maria Lucia, a Lalucha,
Fez do belo de todos, muita luz,
A Pedido meu foi até bruxa!!!

Foi simples palhaço, o mais bonito,
O filho especial que me deu,
Na escola de samba um apito,
As filhas bons arquétipos do céu!!!

Porque tem o refulgor de seu perfil,
Todos não foram bem comportadinhos,
Fonte de energia de mulher bem sutil.

Nessa magia de bonecos lindos, é Lalucha que une a todos,
Espelho d’alma muito bem-vindo!!!

À Maria Lúcia – 24/10/97, às 9h, 6ª feita – Cabo Frio


Ato de Contrição

Eu me arrependo Senhor!
E eu me arrependo Senhor!
De tudo o que fiz
E não lhe agradou

Trago comigo,
Dentro de minha alma,
O arrependimento,
A esperança,
E a promessa de tentar,
E a promessa de Tentar,
Não mais pecar,  

A Claúdio Figueira – Cabo Frio – 26/07/72

Nenhum comentário:

Postar um comentário