segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa reúne 120 mil em Copacabana

Consegue imaginar um padre, um cigano, um pai de santo, e outros representantes religiosos em cima de um trio elétrico, brincando de trenzinho? A cena, que parece utópica, ocorreu ontem na tarde deste domingo, na 3ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que reuniu 120 mil pessoas na Praia de Copacabana.
Representantes religiosos brincam na passeata

O babalaô Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, explicou que a iniciativa reivindica a criminalização da intolerância religiosa, já garantida por lei, e a aplicação da lei 10.639/2003, que obriga o ensino de história africanas escolas.
— Seria fundamental para a autoestima deste grande segmento da sociedade. E além do mais, a intolerância só vai acabar quando conhecermos a fundo o outro — reforçou.
A presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil concordou. Ela mesma disse já ter discriminado o candomblé, antes dos 20 anos, quando ainda não conhecia a religião que veio a adotar. Para ela, o preconceito contra as religiões vem diminuindo, mas ainda é forte.
— Achamos um panfleto dizendo que a umbanda é assassina, que distorce pessoas puras, que é macumbaria. É um ato criminoso, ainda mais diante de uma grande união de religiões como esta. Deus deve estar nos olhando lá de cima feliz, ao ver todos os seus filhos de mãos dadas — disse Fátima.



 Fátima com panfleto contra a umbanda. Representante define ato como criminoso

O convívio amigável entre as diferentes crenças era nítido na passeata. Pároco da igreja Santo Antonio dos Pobres, no Centro, padre Sérgio Marcos reuniu alguns fiéis para marcar presença. E aproveitou para cumprimentar algumas fiéis do candomblé.

Padre Sérgio Marcos, de igreja do Centro, com Doné Glória do Oxum, fiel da umbanda


FONTE: EXTRA ON LINE

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