segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Nossa Igreja é Brasileira! Com Idéias de Liberdade!

A Nossa Grande Família Religiosa tem um perfil iluminado, com as idéias de liberdade, seu nome é Igreja Brasileira!
Ela é essencial e incomum porque é também uma instituição, com idéias de liberdade - liberdade de idéias!
As idéias de liberdade geradas pela Revolução Francesa, em oposição a monarquia e absolutismo existente e predominante no campo das idéias.
A nossa Igreja é uma Comunidade aberta com mente aberta. É uma organização estruturada, democraticamente, com as luzes da teocracia, mas sobretudo anarquica!
Uma "estrada" com mão e contra-mão. Não é o fim do túnel. Não é o único caminho! Mas é a última porta de entrada ao Cristianismo Essencial, de acordo com o Rvmo. Aglicano Kurt Cleemann, segundo a sua opinião de ingresso a Igreja Brasileira, Diocese de Cabo Frio,RJ.
De acordo com o pensamento de São Carlos do Brasil, Ex-Bispo de Maura,"...é uma religião mais Cristã do que Católica..."
Esta é a minha a sua e a nossa cara, com luz própia!

Dom Álvaro Rosa
  

O povo da Igreja de Deus a Comunhão Brasileira

Todas as pessoas são nossos irmãos. Todos àqueles que não definem ou aceitam quaisquer fragmentos doutrinários religiosos, fazem parte do Povo de Deus.
Os Irmãos separados de quaisquer religiões ou seitas compõem a Comunhão Brasileira.
Integram a Igreja Apostólica Apostólica Brasileira que interagem na Igreja de Deus, o Povo de Deus.

Igreja Brasileira

Em 06 de julho de 1946, no Rio de Janeiro, Dom Carlos Duarte Costa, bispo católico apostólico romano, por amor de Deus, institucionalizou a ICAB, Igreja Católica Apostólica Brasileira.
Conhecida como IGREJA BRASILEIRA, seu primeiro fundador e mais profundo ideólogo, com princípios universalistas e fraternalistas. Seus princípios históricos de fundação baseiam-se em três grandes livros: a Bíbliade vulgata livre, inclusive a adaptada; o Arqueômetro, de Saint-Yves D'Alveydre, chave de todas as religiões da antiguidade e a Grande Síntese, de Pietro Ubaldi, natural da Itália, católico, franciscano da Ordem Terceira, nobre, de Assis, veio para o Brasil, onde faleceu, em São Paulo, amigo inseparado de Albert Einstein, pai da física quântica, mediunidade, espiritualidade, Monteiro Lobato e Dom Carlos, ex-bispo de Maura.
Estes princípios são conscienciais. Baseiam-se nos ensinamentos dos Concílios até o ano 381, século IV.
É uma sociedade religiosa fundada à propagação do Cristianismo! Amando e respeitando todas as religiões - via inculturação!
Não é uma mornaquia. É uma teocracia. Com idéias liberais! Com Fé e Ordem para a busca da unidade de todos, universal, definindo assim os seus cânones:

1 - O princípio da mais ampla liberdade de pensamento, em matéria religiosa, civil, política, científica e filosófica, com idéias de liberdades;
2 - As Sagradas Escrituras do Antigo e Novo Testamento com a Palavra revelada de Deus;
3 - O Credo Niceno como a declaração da fé cristã;
4 - Os sacramentos;
5 - O Episcopado Nacional como princípio da unidade institucional, se relaciona com as co-irmãs Alemanha, Anglicana, Austrália, Canadá, Chile, Cuba, Espanha, USA, Filipinas, México, Haiti, Irlanda do Norte, Portugal e São Domingos



O CASAMENTO

Em uma palestra feita para mulheres de mais de 80 anos, uma das participantes declarou estar casada há 60 anos e ser muito feliz. Outras, na maioria viúva, avaliaram da mesma forma positiva o casamento que tiveram durante longo período. Por que então hoje tantas pessoas se frustram na vida a dois a ponto de as separações serem casa vez mais freqüentes?
A idéia de felicidade conjugal depende da expectativa que se tem do casamento. Na primeira metade do século 20, não havia muitos casamentos por amor. As famílias escolhiam os conjugues dos filhos. De maneira geral, uma mulher se considerava feliz no casamento se seu marido fosse bom chefe de família, não deixasse falta nada em casa e fizesse todos se sentirem protegidos.  Para o homem, a boa esposa seria aquela que cuidasse bem da casa e dos filhos, não deixasse falta a camisa bem lavada e passada e, mais que tudo, mantivesse sua sexualidade contida. Um casal perfeito: o homem provedor e a mulher respeitável. As opções de atividades fora do convívio familiar eram bastante limitadas, não só para as mulheres como para os  homens que do trabalham iam direto para o aconchego do lar. Desconhecendo outras possibilidades de vida, não almejavam nada diferente e o grau de insatisfação era muito menor. Havia um conformismo generalizado.
Quando o amor entrou no casamento, a partir de 1940, as expectativas mudaram. Homens e mulheres passavam a buscar realização afetiva e prazer sexual. A disposição para sacrifícios diminuiu muito: hoje, a maioria se dispõe a desenvolver ao máximo suas possibilidades e sua individualidade, evitando manter elações vacilantes. Há muito a ser vivido. Embora p grande conflito ainda se situe entre o desejo de permanecer fechado numa relação e o desejo de liberdade.
O movimento de emancipação feminina e a liberação sexual dos anos 60/70 trouxeram mudanças profundas na expectativa de permanência de uma relação conjugal. Surgiram muitas opções de lazer, de desenvolver interesses vários, de conhecer outras pessoas e outros lugares sem falar numa maior permissibilidade social para novas experiências, nunca ousadas anteriormente. Ao contrario da época em que, excetuando os casos de intenso sofrimento, ninguém se separava hoje a duração dos casamentos é cada vez menor. O aprisionamento numa relação estática tornou-se preocupante. A sede de novas experiências, do desconhecido do novo, é maior do que nunca. Assim, unir dos exilados para formara uma família segura e autosuficiente deixou de ser satisfatório.


MATRIMÔNIO

É a união entre um homem e uma mulher cuja finalidade primordial é a procriação: “Crescei e multiplicai-vos” (Gen 1, 22). Foi Deus que estabeleceu esta lei, quando criou os nossos primeiros pais. É um sacramento diferente dos outros, porque, teologicamente, os noivos são MINISTROS, SUJEITOS, MATÉRIA E FORMA; o Sacerdote é apenas testemunha, invocando as bênçãos de Deus para aquela união que deverá ser por toda a vida. Mas, se Marido e Mulher romperem o vínculo matrimonial, por motivos de ordem superior: adultério, infidelidade, impotência, frigidez ou anamolias sexuais, o Casamento está praticamente dissolvido, motivo pelo qual a Igreja Católica Brasileira casa pessoas desquitadas ou divorciadas pelas razões mencionadas.
São Cirilo de Alexandria, Bispo e Doutor da Igreja, que presidiu ao Concílio de Éfeso, pondera que o adultério dissolve completamente o Matrimônio. São João Crisóstomo, também Bispo e Doutor da Igreja, tende para a mesma opinião.
Logo, uma vez dissolvido o Casamento pelos próprios ministros, estes poderão contrair novas núpcias na Igreja.
Para ser válido um Sacramento, é preciso que haja Ministro, Sujeito, Matéria e forma. A matéria é o elemento sensível, a coisa ou ação; a forma são as palavras proferidas. Na ICAB, os diáconos, padres e bispos poderão optar pela vida celibatária, contanto que assuma um sério compromisso de zelar pela boa reputação do seu nome, conseqüentemente o da Igreja.
    Os mesmos poderão optar pela vida matrimonial contanto, também, que assumam a grande responsabilidade de ser chefe de família exemplar para a edificação dos fiéis e da Igreja.

Revista Luta 10

Revista Luta 10

Nise Magalhães da Silveira (1905 - 1999)


Nasceu em Maceió - Alagoas. Conhecida nos meios acadêmicos como Nise da Silveira, com 15 anos ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, formando-se em 1926 com a tese Ensaio sobre a criminalidade das mulheres da Bahia. Em 1927 vai para o Rio de Janeiro, onde freqüenta a clínica de neurologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, recebendo grande influência de Antônio Austregésilo.
Em 1933 foi aprovada em concurso para médica psiquiatra da antiga Assistência a Psicopatas e Profilaxia. Participou, em 1935, da União Feminina do Brasil, entidade de defesa dos direitos das mulheres vinculada à Aliança Nacional Libertadora. No ano seguinte foi presa como comunista e afastada do serviço público até 1944. Nesse ano iniciou seu trabalho no Hospital Psiquiátrico Pedro II, que havia sido transferido da Praia Vermelha para o Engenho de Dentro. Durante o período em que esteve afastada, novos "tratamentos" haviam surgido: choque elétrico, coma insulínico e lobotomia. Sempre se recusou a utilizar tais métodos pelo fato de se assemelharem à tortura que havia visto na prisão.
A partir dessa oposição à psiquiatria tradicional, assumiu a Seção de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação. Do material produzido nos ateliês de pintura e modelagem, fundou, em 20 de maio de 1952, o Museu de Imagens do Inconsciente, centro de tratamento e pesquisa. A partir da série de imagens do inconsciente, percebeu inúmeras tentativas de reordenação, fato que contrariava todos os estudos acerca da produção plástica de internos de hospitais psiquiátricos. O autor que possibilitou uma nova inflexão teórica para esses fatos foi Carl Gustav Jung, de cujos estudos foi a precursora, de maneira sistemática, no Brasil. Em 1954, fundou o Grupo de Estudos C.G. Jung, oficializado em 1969. Nesse período, esteve à frente de inúmeros empreendimentos: em 12 de novembro de 1954, enviou carta a Jung acompanhada de fotos de desenhos circulares e, um mês depois, Aniella Jaffé, secretária e colaboradora de Jung, respondeu-lhe dizendo que o médico suíço havia se interessado muito pelas mandalas pintadas por esquizofrênicos; em 1956 fundou a Casa das Palmeiras, clínica em regime aberto; em 1957 participou do II Congresso Internacional de Psiquiatria em Zurique, iniciando estudos no Instituto C.G. Jung, ao qual retornou em 1958/1961/1962/1964; em 1968 fundou o grupo de estudos do Museu de Imagens do Inconsciente.
Foi aposentada compulsoriamente no dia 14 de julho de 1975, porém, no dia seguinte, compareceu ao hospital dizendo-se a nova estagiária voluntária. Nesse ano organizou as comemorações do Centenário de Jung no Museu de Arte Moderna - RJ. Entre 1983 e 1986 escreveu os textos da trilogia Imagens do inconsciente do cineasta Leon Hirszman, e, no início dos anos 90, liderou um movimento contra a farra do boi em Santa Catarina. Durante sua vida recebeu vários títulos e homenagens, dentre os quais: Doutora Honoris Causa/Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Medalha Chico Mendes/Grupo Tortura Nunca Mais, Membro Fundadora da Société Internationale de Psychopatologie de l’Expression (Paris-França), Prêmio de Melhor Livro de Ensaios/Academia Brasileira de Letras (O mundo das imagens), Membro da Comissão de Honra/Museo Attivo delle Forme Inconsapevoli (Gênova-Itália). No dia 28 de janeiro de 1998 foi indicada pelo Deputado Federal Paulo Delgado para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz. Faleceu em 1999 no Rio de Janeiro.
Publicações:
SILVEIRA, Nise da (Org.). A farra do boi: do sacrifício do touro na Antigüidade à farra do boi catarinense. Rio de Janeiro: Numen, 1989.
SILVEIRA, Nise da (Org.). Casa das palmeiras: a emoção de lidar. Rio de Janeiro: Alhambra, 1986.
SILVEIRA, Nise da. 20 anos de terapêutica ocupacional em Engenho de Dentro (1946-1966). Revista Brasileira de Saúde Mental, v. 12, 1966.
SILVEIRA, Nise da. C. G. Jung e a psiquiatria. Revista Brasileira de Saúde Mental, v. 7, 1962/1963.
SILVEIRA, Nise da. Cartas a Spinoza. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.
SILVEIRA, Nise da. Considerações teóricas e práticas sobre ocupação terapêutica. Revista  Medicina e Cirurgia, n. 194, 1952.
SILVEIRA, Nise da. Editorial: 40 Anos do Museu de Imagens do Inconsciente. Jornal Brasileiro de             Psiquiatria, v. 41, n. 4, p. 147, maio1992.
SILVEIRA, Nise da. Ensaio sobre a criminalidade das mulheres na Bahia. [S.l.]: Imprensa Oficial, 1926.
SILVEIRA, Nise da. Gatos: a emoção de lidar. Rio de Janeiro: Léo Christiano, 1998.
SILVEIRA, Nise da. Imagens do inconsciente. Rio de Janeiro: Alhambra, 1981.
SILVEIRA, Nise da. Jung: vida e obra. Rio de Janeiro: José Álvaro, 1968.
SILVEIRA, Nise da. L’expérience d’art spontané chez les schizophrènes dans un service de thérapeutique occupationelle. Revista Brasileira de Saúde Mental, v. 3, dez. 1957. (em colaboração com Pierre Le Gallais)
SILVEIRA, Nise da. Museu de Imagens do Inconsciente. In: PEDROSA, Mário (Org.). Museu de Imagens do Inconsciente. Rio de Janeiro: Funarte/Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1980.
SILVEIRA, Nise da. O homem em busca de seu mito. In: LUCCHESI, Marco (Org.). Artaud: a nostalgia do mais. Rio de Janeiro: Alhambra, 1989.
SILVEIRA, Nise da. O mundo das imagens. São Paulo: Ática, 1992.
SILVEIRA, Nise da. Perspectiva da psicologia de C.G. Jung. Revista Tempo Brasileiro, n. 21/22,     1970.

Fonte:www.cliopsyche.uerj.br

Café da Manhã no Yazigi


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Os Três Princípios Básicos da Igreja Brasileira



Conheça melhor estes três livros antes de julgá-los!
Faça s sua leitura fotográfica, com memória integral ou PNL-ProgramaçãoNeurolinguística.

O casamento religioso! Tem direitos e obrigações civis.

Na Igreja Brasileira, no primórdios, coma a orientação de Dom Carlos Duarte Costa, São Carlos do Brasil, introduziu a celebração contratual civil e privado, de prestação de assistência mútua, entre contratantes, após união religiosa, dos desquitados e solteiros judicialmente, hoje divorcio.

Após as alterações legais e a posteriori promulgaçao de princípios constituicionais brasileiros, de 05/10/88, dimensão "da união estável" e da "entidade familiar". Mais do que nunca, para sanear " a união estável da entidade familiar" com a repercussões compativeis, inúmeras áreas de legislação específica.

Depois de um certo momento, a liberalidade tornou uma negligente relação religiosa, sem fins lucrativos.

No ano de 1996, a Diocese de Cabo Frio, reimplantou o sacramento do matrimônio, entre os fiéis, impedidos de contrairem o o casamento civil ou com efeito determinado e legislando sobre as relações da união estável da entidade familiar.

Revista Luta 09

Revista Luta 09

Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa reúne 120 mil em Copacabana

Consegue imaginar um padre, um cigano, um pai de santo, e outros representantes religiosos em cima de um trio elétrico, brincando de trenzinho? A cena, que parece utópica, ocorreu ontem na tarde deste domingo, na 3ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que reuniu 120 mil pessoas na Praia de Copacabana.
Representantes religiosos brincam na passeata

O babalaô Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, explicou que a iniciativa reivindica a criminalização da intolerância religiosa, já garantida por lei, e a aplicação da lei 10.639/2003, que obriga o ensino de história africanas escolas.
— Seria fundamental para a autoestima deste grande segmento da sociedade. E além do mais, a intolerância só vai acabar quando conhecermos a fundo o outro — reforçou.
A presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil concordou. Ela mesma disse já ter discriminado o candomblé, antes dos 20 anos, quando ainda não conhecia a religião que veio a adotar. Para ela, o preconceito contra as religiões vem diminuindo, mas ainda é forte.
— Achamos um panfleto dizendo que a umbanda é assassina, que distorce pessoas puras, que é macumbaria. É um ato criminoso, ainda mais diante de uma grande união de religiões como esta. Deus deve estar nos olhando lá de cima feliz, ao ver todos os seus filhos de mãos dadas — disse Fátima.



 Fátima com panfleto contra a umbanda. Representante define ato como criminoso

O convívio amigável entre as diferentes crenças era nítido na passeata. Pároco da igreja Santo Antonio dos Pobres, no Centro, padre Sérgio Marcos reuniu alguns fiéis para marcar presença. E aproveitou para cumprimentar algumas fiéis do candomblé.

Padre Sérgio Marcos, de igreja do Centro, com Doné Glória do Oxum, fiel da umbanda


FONTE: EXTRA ON LINE

Revista Luta 08

Revista Luta 08



'Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.'
(Chico Xavier)
 

A Preocupação olha em volta,
a Tristeza olha para trás,
a Fé olha para cima.




Recados Para Orkut

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Revista Luta 07

Revista Luta 07

Os padres casados da Igreja Católica

Sob as bênçãos do Vaticano, os diáconos assumem paróquias e celebram batizados e casamentos. Depois, voltam para casa, junto da mulher e dos filhos
Débora Rubin

No dia 24 de abril, o professor de geografia Wainer Fracaro da Silva, 37 anos, casado e pai de três filhos, recebeu das mãos do cardealarcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, em plena Catedral da Sé, a ordenação da Igreja Católica. A partir daquela data, teve autorização oficial para assumir uma paróquia, realizar batizados e casamentos, aconselhar fiéis e até usar batina. Não, não estamos diante do primeiro caso da história de homem casado que se tornou padre. Silva faz parte, sim, de um grupo ainda pouco conhecido que se avoluma pelo mundo e tem sido uma alternativa em tempos de crise de vocações e falta de pastores. Só para falar da mais amena das crises que a Igreja enfrenta no momento. Ao participarem do ritual em missa solene, após cinco anos de intensos estudos, homens como o professor paulistano tornam-se diáconos permanentes. Naquele mesmo sábado de abril, outros 12 fizeram seus votos. Em uma Igreja na qual o celibato é regra sempre questionada – ainda mais quando surgem casos polêmicos, como os de pedofilia, que tiram o sono do papa Bento XVI nos últimos meses –, ter um homem casado na hierarquia da instituição soa como um avanço. Mas, afinal, quem é e o que faz um diácono permanente? Eles são católicos praticantes comuns que se candidatam à vaga porque desejam servir ainda mais à sua religião, mas sem abrir mão do matrimônio e a união deve ter pelo menos dez anos. Uma vez casados e com família, devem conciliar suas funções na Igreja com a vida profissional e matrimonial, pois não recebem um tostão para servir a Santa Madre. Solteiros e viúvos também podem ser diáconos, desde que assumam o celibato. Casados que se tornam viúvos não podem se casar de novo. Mas podem se tornar padres, se assim o desejarem. “A Igreja ordena pessoas casadas, mas não casa pessoas ordenadas”, resume o engenheiro Odélcio Calligaris, 63 anos, presidente da Comissão Nacional de Diáconos (CND), casado há 30 anos, pai de dois filhos e religioso desde 1993.
Mas não basta ser temente a Deus e cumpridor dos deveres cristãos para se tornar um diácono. É preciso ter ao menos 35 anos, ser casado há dez, estudar teologia e fazer um curso em uma escola diaconal – a CND calcula que existam 90 centros desse tipo no País. O programa tem cinco anos de duração e abrange disciplinas de teologia e oficinas práticas de liturgia e caridade. A esposa do aspirante a diácono também precisa assinar uma carta de próprio punho ao bispo responsável autorizando a escolha. No momento da ordenação, ele faz o voto de obediência – pobreza e castidade ficam de fora por razões óbvias.

BÊNÇÃO NA CATEDRAL
Os 13 novos diáconos de São Paulo no
dia da ordenação

No dia a dia da igreja, esses homens são quase padres. “Nós somos ordenados para a liturgia, para a palavra e para a caridade”, explica o corretor de seguros Ailton Machado Mendes, 48 anos, casado há 25 anos, dois filhos, que serve a igreja como tal desde 2005. Na prática, isso significa que podem fazer quase tudo o que um sacerdote faz, exceto a consagração da hóstia e absolvição dos pecados, os sacramentos da eucaristia e da confissão. O diaconato foi a maneira que o recém-ordenado Silva encontrou para atender a um chamado que apareceu ainda na adolescência. O professor de geografia chegou a considerar a possibilidade de ser padre. “Só que eu tinha também um forte desejo de me casar e constituir família”, diz. Como diácono, conseguiu suprir ambos os anseios. “O sacramento do matrimônio e da ordem não se anulam, pelo contrário, um fortalece o outro.” Mendes também vê dessa forma. “Minha vocação é o matrimônio, mas como diácono posso ajudar ainda mais a Igreja.” Calligaris tem uma boa definição sobre ser diácono. “Temos um pé no clero e outro no mundo, o que permite que façamos uma ponte entre Igreja e sociedade.”
Apesar de o diaconato ter sido oficializado há menos de 50 anos, durante o Concílio Vaticano II (1962-65), reunião de bispos do mundo todo que modernizou vários setores da Igreja, os diáconos existem desde os primórdios do cristianismo. Estão lá, no Novo Testamento, em Atos 6, 1-6. Na passagem, são citados os sete primeiros, escolhidos pelos apóstolos para cuidar das viúvas abandonadas à própria sorte. Continuaram em ação até o século V, quando, por razão não conhecida, caíram no esquecimento. Só foram resgatados pelo papa Paulo VI, após o encontro episcopal. “Por pouco essa questão não passa no Concílio”, conta o padre José Oscar Beozzo, professor do Instituto Teológico de São Paulo (Itesp). “Existia um temor de que, ao abrir essa brecha, a Igreja acabaria cedendo demais.”
Talvez por isso foram necessárias algumas décadas até que o diácono virasse uma realidade nas paróquias brasileiras. “Vai de cada bispo o desejo de ter em sua diocese o diácono permanente”, explica Calligaris, da CND. Daí a função só ter sido liberada na cidade de São Paulo em 2000. Já em lugares como Jundiaí (SP) e Apucarana (PR), o diaconato já é considerado uma tradição.
O alto clero vê o crescimento desse grupo com bons olhos. “A retomada desse ministério é uma grande riqueza para nós”, diz dom Orani João Tempesta, rcebispo do Rio de Janeiro. “Afinal, a comunidade paroquial é fonte de vocações de homens que estão dispostos a uma doação mais radical e profunda pela causa do Evangelho.” Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Teresina (PI), lembra que o diácono é um evangelizador em potencial, já que está, como profissional, dentro das fábricas, universidades e empresas. “Ele é diácono 24 horas por dia. O jeito dele de ser e de viver é a sua forma de evangelizar.”
Com as bênçãos do Vaticano, o número de diáconos vem crescendo a cada ano. Existem cerca de 35 mil no mundo. No Brasil, são dois mil. Mas, apesar de significarem um sopro de renovação na milenar instituição religiosa, eles foram regulamentados com o cuidado de não infringir preceitos dos quais a Igreja não abre mão, como a exclusão das mulheres. “A Igreja continua excluindo os homens casados das funções mais importantes, impedindo-os de se tornar sacerdotes de fato, e segue deixando as mulheres de fora”, afirma a professora de sociologia da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Maria José Rosado. Já o padre Beozzo acredita que o diaconato aponta para uma direção importante ao mostrar que a família não entra em conflito com o “servir a Igreja”. “Saúdo o Vaticano por ter resgatado o diaconato, mas espero que ele seja um ponto de partida e não de chegada.”


Fonte: Revista Isto É 2114 19/05/2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A SEMENTE COMEÇOU A GERMINAR



Constando a grandiosa e diversificada experiência cultural que Saquarema possuía o Arquiteto José Luiz Soares, procurando uma forma de divulgar e arquivar estes conhecimentos pensou em fundar a Academia Saquaremense de Letras, que desenvolveria atividades de natureza cultural, em gêneros literários diversos, sem distinções religiosas, ideológicas, sociais ou políticas. Iniciou então ainda sozinho, em junho de 2001, uma pesquisa para descobrir como funcionavam as Academias de Letras, tendo conseguido, após pesquisa, o telefone do Secretário Geral da Academia Cabofriense de Letras e Bispo da Igreja Católica Brasileira de Cabo Frio, Dom Álvaro Francisco Lopes da Rosa.
Após varias reuniões com Dom Álvaro Rosa, o Arquiteto começou a elaborar o projeto para criação da tão sonhada Academia Saquaremense de Letras, tendo como modelo a Academia Cabofriense de Letras, fundada em 1975, que também seguia a Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897.
Finalmente começaram a aflorar as primeiras premissas que iriam nortear o nascimento e crescimento da ASL
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Concurso de Fotografia Terra Viva

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Encontro da CCIR com Dom Orani Tempesta, Arcebispo Romano, RJ

Um encontro marcado por emoção, entusiasmo e, acima de tudo, muito respeito. O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, recebeu, na tarde de hoje, dia 10 de setembro, membros da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), na Arquidiocese. Representantes do Candomblé, Umbanda, da Igreja Católica, hare krishnas, wiccanos, judeus, entre outros participaram da reunião.
Conhecido por adotar uma política de fraternidade e simpatia, Dom Orani foi apresentado a todos os membros presentes e ouviu deles palavras sobre a importância do encontro.
“Estar aqui com o senhor representa o ideal de nossa comissão: criar um ambiente de liberdade religiosa, sem traçar estratégias de guerras ou vingança. Nossa intenção é fazer com que o direito de ter fé em alguma coisa seja respeitado, assim como o de não ter”, disse o interlocutor da CCIR, babalawo Ivanir dos Santos.
“Estamos aqui para convidá-lo a participar de nossa caminhada, que acontece no Posto Seis, no dia 19, a partir das 11h”.
O interlocutor ressaltou alguns fatos de intolerância religiosa que atingem outros países neste momento e que têm sido noticiados pela imprensa de todo o mundo.
“A expulsão de ciganos na França e a queima do Alcorão pelo pastor evangélico Terry Jones são exemplos que nos entristecem. São contra essas atitudes que lutamos”, declarou o babalawo.
Dom Orani não escondeu sua satisfação, deu as boas vindas ao grupo e desejou um feliz Ano Novo ao representante judeu que acompanhava o encontro.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte site: www.eutenhofe.org.br

3ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa

NÃO A INTOLERÂNCIA


Publicado no Jornal Sal e Luz nº 103 setembro de 2010, pág. 11

Primeiro encontro internacional entre a ICAB e a ICAR, Brasil e o Vaticano, 27/10/2004


















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